Num mundo onde as polaridades parecem ser o “novo normal” e o aceleramento é constante, a pergunta que venho me fazendo todos os dias ao olhar para esse cenário é: quando as pessoas irão perceber que energeticamente essa polaridade e esse aceleramento podem ser bom para o ambiente (o que também não é), mas nada saudável para nós habitantes desse sistema. Como alinhar todas essas questões que envolve o bem-estar do colaborador e o bom funcionamento da empresa trazendo também o bem-estar para a chefia/presidente da empresa?
A resposta parece difícil se considerar ser um tanto impossível essa via ser fluida em ambos os lados, no entanto, isso é possível e não demanda grandes revoluções, demanda que, dentro da hierarquia de cima para baixo, haja uma transformação na forma de ter e entender o “Para Que” dos que estão abaixo, talvez uma mudança de cultura e padrões desnecessários no mundo atual. Da mesma forma, é preciso que, na mesma hierarquia, porém, debaixo para cima, essa transformação se reflita e os colaboradores também se conscientize do seu “Para Que” e evoluam respeitando e sendo respeitados em seus talentos e ideais no âmbito profissional sem perder o pessoal que inclui a verificação constante desse equilíbrio sendo validado por seus superiores numa relação produtiva e harmoniosa.
Nós da Havona acreditamos que isso é possível sem essa ideia cultural de que sempre foi assim e que essa hierarquia piramidal de superior X inferior seja indestrutível. No entanto, é possível sim termos a hierarquia necessária numa somatória de forças e talentos energeticamente equilibradas onde ambas as partes se sintam reconhecidas, úteis e satisfatoriamente felizes e saudáveis para desfrutar de um viver maior além do âmbito profissional, criando um círculo vicioso de satisfação o que resulta numa maior produtividade e o giro natural da expansão da empresa que terá uma saúde emocional garantida para esse giro.
A conta é simples, a empresa cujo seu representante maior (diretor Presidente/sócio Proprietários/Proprietários) seja e esteja saudável quanto a empresa – vibrando por ela com satisfação, tendo ela como parte de sua realização, sem conflitos no seu desenvolvimento; terá em resposta uma equipe em todas as suas escalas respondendo com saúde emocional e/ou física/mental da mesma forma, um círculo vicioso nada utópico. O ponto de ignição de uma empresa está na vibração de quem a idealizou e alimenta isso na mesma intensidade, recebendo a propulsão do desenvolvimento de seus colaboradores que se conectam a essa ignição. O despertar é do interior para o exterior em todas as camadas partindo do idealizador.
Fecho essa reflexão trazendo uma frase escrita em uma época menos acelerada e onde o pensamento cartesiano dominava, mas a ideia de um equilíbrio era também real: “pois quem não tiver para si dois terços de seu dia é um escravo, seja ele quem for.” – Friedrich Nietzsche
Brígida Helena
Neuropsicóloga e Terapeuta de Relações